26 de janeiro de 2012

Capítulo 1 - Problemas

7 Anjinhas me deram motivos pra sorrir




#PorSelena

Seattle - 24 de dezembro - 21H00

Pai:SAI DA MINHA FRENTE, GAROTA! - gritou e me empurrou.
Eu:NÃO ME EMPURRA, DROGA! - gritei abrindo a porta.
Mãe:Selena! Não sai de casa, filha. Por favor.
Eu:(respirei fundo, fechei a porta e me encostei na parede)Tá bem. - disse olhando pra minha mãe.
Mãe:E você, Brian...  - disse olhando pro meu pai - Para de gritar com a menina!

Meu pai apenas bufou e subiu as escadas. Minha mãe me olhou e eu sorri pra ela, que sorriu de volta e foi pra cozinha. Me sentei na escada e fiquei pensando em como meu natal seria uma droga. Fiquei lá por vários minutos, enquanto ouvia meu pai berrar no telefone e minha mãe mechendo em panelas na cozinha. A campainha tocou, me levantei e atendi.

Eu:Oi, Demi.
Demi:Hey! - disse entrando e logo depois eu fechei a porta - O que vai ter pra comer?
Eu:Só comida típica de natal.
Demi:Wow... parece que vocês estão mesmo no espirito natalino.
Eu:Por mim não tinha nem ceia. - sentei no sofá
Demi:(se sentou a meu lado)Você não pode estragar seu natal, nem sua vida, por causa de uma coisa boba assim, Selena.
Eu:Tá falando de quê?
Demi:Tá na cara que esse mal-humor é por causa do seu pai.
Eu:E é mesmo. Mas eu tenho motivos, né?! Ele me odeia, Demi. Se nem meu pai consegue me amar, quem é que vai conseguir?
Demi:(bufou)Já tô ficando cansada dessa sua chatisse emo, Selena. Para de ser amarga. - disse aumentando a voz.
Eu:Ah, quer saber, Demi? - respirei fundo - Eu não quero passar o natal em casa.
Demi:O quê?
Eu:Eu quero dormir, ouvindo o som da chuva e dos pássaros no jardim. Só isso.
Demi:Por quê?
Eu:Porque eu odeio incomodar. E isso vai ser a única coisa pra qual eu vou servir nesse natal.
Demi:Para com isso. - disse aumentando mais o tom de voz.
Eu:Demi, abaixa o tom de voz.
Demi:Eu realmente não entendo o que você quer.
Eu:Quero ser feliz. E essa é uma das coisas que meu pai não vai me dar, a felicidade.
Demi:Ele quer seu bem.
Eu:Jura? - disse indiferente
Demi:Selena, eu tô cansada de ficar falando a mesma coisa.
Eu:Eu não quero passar o natal perto dele.
Demi:Por quê?
Eu:Porque eu vou acabar estragando a ceia.
Demi:Por que você iria estragar a ceia?
Eu:Porque sim, porque... - Demi me interrompeu
Demi:Você tem medo do seu pai. Tem medo do que possa sair da boca dele. É por isso que você quer sair agora.
Eu:Você não sabe o que eu penso.
Demi:Eu sei, sim. - disse alterando seu tom de voz.
Eu:NÃO SABE! - gritei apontando o dedo na cara dela.
Demi:Selena! Eu achava que você era forte.
Eu:Eu sou.
Demi:Não é.
Eu:(levantei)Demi, porque você não vai embora? - apontei a porta
Demi:Tá me expulsando?
Eu:Eu quero paz.
Demi:Nunca vai ter paz desse jeito. - abri a porta e a olhei impaciente - Bom natal - saiu e puxou a porta.

Me sentei no sofá e fechei os olhos. Só escutava o barulho do vento, dos pássaros, de carros passando na rua e outra das discussões dos meus pais. Pensando em um jeito de fazer tudo aquilo acabar. Me levantei e fui para a cozinha, onde meus pais discutiam.

Eu:Pai... - chamei e respirei fundo.
Pai:QUE É?
Eu:Quero te pedir uma coisa.
Pai:Não vou te dar nada.
Eu:Preciso muito mesmo falar com você.
Pai:Não tenho nada pra falar com você.
Eu:Mas eu tenho.
Pai:Por que não vai passar o natal com sua amiguinha? - senti um aperto no meu coração quando ouvi isso e meus olhos encheram de lagrimas, enquanto eu o olhava fixamente.
Mãe:Max, você não sabe o que está dizendo.
Pai:Eu só não quero ela aqui comigo. - disse com a voz mais elevada que o normal.
Mãe:Então quer que sua filha saia de casa no natal? - perguntou incrédula, encarando meu pai.
Pai:Pra que querer o bem dela? Adolescentes só servem pra atrapalhar nossa vida emocional e financeira.
Mãe:Ah! Agora sua filha é um problema?
Pai:Exatamente. E você sabe que eu não queria filhos, Mandy.
Mãe:Tem noção da idiotisse que está falando?
Pai:Eu sei muito bem o que estou falando.

Me desliguei do mundo, ouvindo a discussão de longe. E, dessa vez, o motivo era ainda pior; discutiam por minha causa. Não sabia o que fazer, não sabia o motivo do meu pai me odiar tanto.

Mãe:Você é quem devia ir embora, Brian!
Eu:Parem, por favor. - uma lágrima escapou de um dos meus olhos.
Mãe:Não se mete, por favor, Selly. Eu sei lidar com seu pai, fica tranquila.
Eu:Eu não aguento mais isso.Por que vocês brigam tanto?Não percebem que isso só faz minha vida ser ainda pior? - limpei as lágrimas.
Pai:Então procura outra família. Boa ideia, né?! Quem sabe desse jeito você fica satisfeita...

Não conseguia esconder o quanto eu amava essa pessoa que tanto me odiava. Não conseguia segurar o que estava sentindo. Eu nem mesmo sabia o que eu estava sentindo.

Mãe:Cala a boca, Brian! Será que você só escuta na base da grosseria?

Engoli seco e saí correndo daquele lugar. Corri pelas ruas desertas, com lágrimas nos olhos. Previsava de um ombro amigo, alguém pra desabafar. Corri para a casa da Demi, onde bati na porta desesperadamente enquanto gritava o nome dela. Quando ela abriu a porta, a primeira coisa que fiz foi abraçá-la

Demi:Selena, o que tá acontecendo? - perguntou preocupada fechando a porta
Eu:ME AJUDA. - a abraçei enquanto chorava loucamente.
Demi:O que foi?
Eu:Eu não aguento mais, Demi. - respirei fundo
Demi:Selena, o que aconteceu?
Eu:Ele acha que eu sou um problema.
Demi:Como assim?
Eu:Ele me odeia.
Demi:Ele não sabe o que está dizendo.
Eu:Você acha? - fui ironica
Demi:Selena. Ele só está passando por uma fase difícil.
Eu:Mas isso não é minha culpa.
Demi:Pode ser que seja, sim.
Eu:Não acredito que você está defendendo aquele doente.
Demi:Você é quem está ficando doente.
Eu:O quê?
Demi:Você adora ter razão, Selena.
Eu:Você tá mesmo do lado dele? - perguntei ficando irritada.
Demi:Eu não tô do lado de ninguém.
Eu:Ah, está. Do lado dele.
Demi:Por que me procurou, hein?
Eu:Demetria!
Demi:Você pode ir embora agora. E não volta mais, se for pra ficar me julgando.
Eu:O que é isso? É vingança, né? Pelo o que eu fiz mais cedo?
Demi:Eu só quero paz, Selena.
Eu:Olha como você está sendo infantil, Demi.
Demi:Eu, infantil? Você foi infantil me expulsando da sua casa daquele jeito.
Eu:Sabe que está sendo uma perfeita idiota, não sabe?
Demi:Ah! Agora eu que sou idiota?
Eu:Não sei se quero mais sua companhia.
Demi:Como? - perguntou incrédula, já chorando.
Eu:Não dá pra ficar com alguém que está contra mim.
Demi:Não estou contra você, Selena!
Eu:Você está do lado do meu pai.
Demi:Não, não estou.
Eu:Você tá, sim.
Demi:Quantas vezes vou ter que dizer não?
Eu:Você nunca foi de dizer a verdade, não é?
Demi:O que tá insinuando?
Eu:Pra bom entendedor, meia palavra basta.
Demi:Pensei que odiasse frase feita.
Eu:Ah! Cala a boca.
Demi:Você não é a Selena que eu conheço.
Eu:Eu cresci.
Demi:Não devia ter mudado.
Eu:Eu faço o que eu quero na minha vida.
Demi:O quê?
Eu:Eu só queria alguem pra me ajudar. - Demi sorriu sarcasticamente.
Demi:Então esse alguém que você diz, não sou eu.
Eu:Eu não acredito que está fazendo isso.
Demi:Pode me dar licença? - abriu a porta e eu saí - Só não me procure mais.
Eu:Pode ficar tranquila... Não preciso de você, Demetria.

Saí e bati a porta. Enquanto chorava, escutava os resmungos dela. No caminho da minha casa, lembrava de momentos bons que vivi com ela. Não conseguia me conformar que perdi a coisa mais valiosa que eu tinha naquele momento. Percebi que era verdade aquela coisa que sempre diziam... "Só damos valor quando perdemos". Tinha a prova de que amizade verdadeira existe. Quando cheguei em casa, abri a porta e entrei assustada com aquilo que vi. Brian agredindo minha mãe.

Eu:PAI! - desesperada corri e empurrei ele na parede.
Pai:CALA A BOCA! - me empurrou forte no chão.
Eu:NÃO ENCOSTA NA MINHA MÃE! - disse me levantando.
Pai:O que você quer, bonitinha? - disse rindo e ironicamente.
Mãe:(se levantou)Não faz nada, Selena!
Eu:Como não? - disse incorfomada
Mãe:Filha, eu... - interrompida por um soco que meu pai deu na sua cara
Eu:Você é doente...

Pulei em cima dele. Enquanto minha mãe se levantava, eu tentava segurar meu pai. Minha mãe me puxou e me jogou no sofá, pois ela não queria que eu sofresse o que ela sofria.

Pai:As duas se meteram com quem não devia.
Eu:Psicopata. - disse me levantando
Mãe:Não ouse encostar um dedo nela. - disse aflita
Pai:Vocês já eram. - sussurrou rindo sarcasticamente
Mãe:Afaste-se - me disse preocupada
Eu:Pai... - o chamei chorando e insegura
Pai:Selena... - ironicamente me respondeu
Eu:Você faz parte da minha história, me fez feliz, me decepcionou, me deu vida. Tudo isso faz parte do que eu vivi, tudo... Mesmo sabendo que você não é mais o mesmo, eu te amo e isso não vai mudar. Só espero que não se arrependa de tudo que você está fazendo. Aliás, você não vai ter ninguem do seu lado...
Pai:CALA A BOCA! Você quer me comover, me fazer mudar de idéia. Não vai consegui. Eu sei qual é o seu joguinho idiota.

Eu fiquei encarando os olhos azuis de Brian- aquele que se dizia meu pai - enquanto via pelos cantos dos olhos minha mãe andando na direção da porta. Tentava enrolar Brian pra ele não descobrir o que pretendiamos fazer. Minha mãe abriu a porta e eu tentei correr para rua. Brian foi atrás e conseguiu alcançar minha mãe e eu não podia deixa-la. Voltei e fiquei frente á frente com meu pai, com um olhar ameaçador.

Eu:Você não vai desistir, né? - disse brava
Mãe:Vai embora, Selena. - falou chorando e desesperada
Eu:Brian!
Brian:Não me chame de Brian, ouviu?
Eu:Não tenho ouvidos pra você.
Brian:Quem te deu a liberdade de me desafiar?
Eu:Você mesmo.
Brian:Eu?
Eu:É. E eu não to nem aí para o que você pensa. Pra mim, você não existe.

Pela primeira vez desafiei meu pai. Brian soltou minha mãe e me olhou bravo. Eu não estava segura de que desafia-lo era uma boa ideia, mais estava segura de que aquilo que eu estava fazendo era bom, pra mim.

Mãe:Filha, nunca mais faça isso - disse se aproximando
Eu:Eu não tenho medo. Não sou disso. - falava com minha mãe olhando fixamente para Brian.
Mãe:Vamos. - me pegou pelo pulso e saiu me puxando para fora de casa.
Eu:Espera... - segurei a porta - Esqueci um coisa. - entrei novamente. - Me dá sua mão. - disse para Brian, que estendeu a mão e eu puxei a aliança de casamento dele. Saí, bati a porta e arremessei a aliança para rua.

Mãe:Quem tem a melhor filha do mundo? - perguntou sorrindo discretamente
Eu:Você? - ri envergonhada.

Minha mãe e eu saímos e fomos para uma lanchonete. Comememos e ficamos conversando sobre a vida. Eu levantei e fui pagar a conta no balcão. Peguei o dinheiro e quando olhei pra cima. Fugi do mundo, parecia que só tinha eu e o gatinho que me atendeu.

Xx:O que vocês pediram?
Eu:2 cheeseburguers e um refrigerante de 600 ml.
Xx:Então é R$ 12,50.
Eu:Jura?
Xx:Um desconto por simpatia. - apoiou no balcão e sorriu olhando pra mim
Eu:Assim você me deixa sem graça. - sorri envergonhada
Xx:Eu sou Justin. - estendeu a mão
Eu:Olá... Justin! - peguei na mão dele
Justin:Você é? - puxou a mão
Eu:Selena. - ri olhando dentro dos olhos dele
Justin:Você é bizarra. - eu levantei a sobrancelha com um olhar indiscreto
Eu:Como?
Justin:Bizarra de um jeito bom, mas bizarra.
Eu:Não entendi.
Justin:Seu cabelo, sua roupa. - disse, me fazendo rir pela primeira vez em muito tempo - Saca?
Eu:Mais ou menos. - me apoiei no balcão - Tem um motivo pra esse estilo.
Justin:Posso saber?
Eu:Não. - respondi seca, ríspida, sem pensar.
Justin:Uau! - riu - Você é tão...
Eu:Seca? - sorri - Meu estilo é esse. - dei de ombros e sorri de canto.
Justin:Não era bem isso que eu ia dizer. - eu bufei
Eu:Só não quero lembrar daquilo tudo, quando tenho coisas muito melhores pra fazer. - mandei uma indireta olhando indiscretamente nos olhos castanhos dele.
Justin:Posso pelo menos tentar adivinhar?
Eu:Como quiser.
Justin:Seu pai?
Eu:Nossa. Que rapidez.
Justin:Eu acertei?
Eu:Na mosca.
Justin:Eu sei que você ta muito feliz agora, mais pode me contar?
Eu:Justin, eu acabei de te conhecer.
Justin:Verdade. Que tal me conhecer melhor?
Eu:Tá me chamando pra sair? - desapoiei do balcão e cruzei os braços.
Justin:Entenda como quiser.
Eu:Ok.
Justin:Não vou precisar insistir?
Eu:Uma das coisas que você precisa se acostumar.
Justin:O quê? - perguntou impaciente
Eu:Vem. - saí andando em direção a minha mãe
Justin:Aonde? - veio atrás de mim
Eu:Mãe, este é o Justin. - disse olhando a minha mãe e apontando para Justin.
Justin:Olá senhorita.. - me olhou envergonhado
Mãe:Mandy.
Justin:Mandy.
Eu:Já que se conheceram. Vamos. - peguei no pulso de Justin e sai puxando até a rua
Justin:Estou no horário de trabalho
Eu:Adoro quebrar regras. - dei um sorriso sínico

2 horas depois

Eu:Natal... 2:00 da manhã...
Justin:É...
Eu:Tenho saudade da minha familia.
Justin:Falando em familia... - olhei cinicamente pra ele
Eu:Falando em familia... - imitei Justin com uma voz fina
Justin:Me conta sobre seu pai.
Eu:Não vai esquecer isso?
Justin:Não. - respondeu seco
Eu:Tudo bem.
Justin:Fala.
Eu:Brian e eu nunca tivemos uma boa relação. Ele sempre me odiou. Mas chegou a um ponto dele agredir a minha mãe. Então... só tenho que lamentar por ele estar perdido.
Justin:Como acha que ele está passando o natal?
Eu:Daria tudo pra saber.
Justin:Será que ele gostaria de te ver namorando?
Eu:Não, e eu não to namorando. - Jake levantou uma sombracelha - Se isso é um pedido pode esquecer.
Justin:Sele... - interrompido
Eu:Justin, já falei.
Justin:Olha, Selena...
Eu:Eu não quero namorar agora, depois de tudo que eu passei não quero mais "dor de cabeça" por ... - Justin foi se aproximando - Não me beija! - me afastei e o empurrei com a mão.
Justin:Eu tô indo.
Eu:Tá legal, se eu for sequestrada a culpa é sua.
Justin:Não vai ser sequestrada. - saiu

Ri sozinha por alguns segundos. Fiquei pensando em como ele era fofo. Justin era tudo, mais eu não queria ser desesperada. Mesmo estando desesperada. Só não queria um namorado naquele momento. Fui encontrar minha mãe no restaurante em que estavamos. No caminho, esbarrei com quem não devia...

Eu:Me descul... - olhei para cima - Logan?
Logan:Selly, que surpresa maravilhosa.
Eu:O que você quer? - perguntei brava
Logan:Eu não quero nada... quer dizer, não queria.
Eu:Sai da minha frente.
Logan:Saudade do seu beijo.
Eu:Eu conheço um psicologo que pode te ajudar.
Logan:O quê?
Eu:Você tá louco, é a única explicação.
Logan:Por você. - foi se aproximando
Eu:Não encosta um dedo em mim. - dei um passo pra trás.
Logan:Jura? - se aproximou.
Eu:Se der mais um passo eu faço um escândalo.

Logan segurou meu braço com força e me jogou pro lado. Eu não sabia o que fazer e fiquei olhando pra ele sem me mover.

Logan:Faz isso e eu conto tudo que eu sei sobre sua vida. - empurrei-o com minha mão direita
Eu:Conta, idiota. - Logan me encarou - Conta o que você sabe sobre minha vida que eu conto tudo que você fez comigo.

Continua..

Sou nova nisso, e por isso não sei se tá bom. Curti e comenta please... Preciso da ajuda de vocês pra ficar mais "experiente" (risos).

Espero que tenham gostado!
Kisses!!!!!
 

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